O Governador Carlos Brandão rompeu o silêncio, com a frieza de quem sabe exatamente onde cada corpo está enterrado, o governador publicou uma nota que é quase uma sentença: “Eu não gravei. Eles se fizeram gravar.”
É a frase que resume o vexame: não foi espionagem, foi exibicionismo político com microfone aberto. “Eles próprios, numa exibição de intimidade com outras forças, falavam abertamente”.
Rubens Júnior e Marcio Jerry queriam manobrar o governo, e acabaram montando a prova do próprio crime. Brandão não apenas confirmou as chantagens e as ofertas indecorosas, ele confirmou a confissão de culpa no discurso de Rubens Júnior.
Disse que recebeu “um recado” através do deputado petista, que ofereceu a liberação de vagas do TCE em troca do apoio eleitoral em Colinas.
Isso, no Código Penal, chama-se tráfico de influência e corrupção ativa, não “missão de paz”.
E ainda jogou luz sobre o que muita gente já cochichava nos bastidores: o antigo grupo do governo queria continuar mandando sem ganhar eleição. “Fui parceiro, mas impus limites”.
No fim, Brandão fez o que raramente se vê em política maranhense: chamou o golpe de golpe, o chantagista de chantagista e o ridículo de ridículo.


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